segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Grêmio recreativo Deixa Falar conta a história da marujada de Bragança, sem o apoio da prefeitura.

O Grêmio Recreativo Deixa Falar vai mostrar a história da Marujada, festividade de Bragança. O título do samba enredo é "Marujada é bragantina, é paraense, é brasileira" e fala da importância deste evento, que é considerado um patrimônio cultural e artístico do Pará. A Marujada é realizada em homenagem a São Benedito e é constituída por mulheres, em sua maior parte. As apresentações acontecem de 18 a 26 de dezembro e acontecem banquetes, procissões e o tradicional levantamento do mastro. Segundo o carnavalesco Eduardo Wagner, um dos objetivos da escola é contribuir com o movimento que pede que a festa se torne um patrimônio nacional. "A Marujada é um elemento cultural que surgiu em 1798 e ajuda a contar a história do nosso país. Como estudioso do tema, eu acho válido que a festa seja tombada como patrimônio brasileiro", defende. Mas nem tudo são cores no carnaval do Deixa Falar. O presidente da escola, Esmael Santos, afirma que a dificuldade financeira da escola é muito grande. "Nós não conseguimos dinheiro para alugar um galpão coberto e estamos fazendo as alegorias debaixo de toda essa chuva", lamenta. Além da falta de estrutura, a escola não conseguiu apoio de empresários, políticou e da prefeitura de Bragança. "O nosso plano era trazer as Marujas (mulheres que participam do cortejo), mas não conseguimos patrocínio nem para alugar os ônibus que transportariam elas", conta.
"Para fazer carnaval em Belém, tem que ter persistência", desabafa o carnavalesco. Com o atraso da subvenção fornecida pelo Estado para as escolas de samba, a escola acaba dependendo das lojas que abrem crédito para garantir que as fantasias fiquem prontas até o desfile. Os ensaios começaram em novembro e acontecem três vezes durante a semana. As fantasias são confeccionadas nas casas das prórpias costureiras, que são doze ao total.

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